PIX: A transformação dos pagamentos

Com a promessa de ser rápido, barato, moderno e acessível a toda a população, em meados de fevereiro de 2019, o Banco Central (BC) anunciou o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos, que deve mudar a forma de fazer transferências e pagamentos no país.

Era de se esperar que uma das maiores inovações do setor bancário das últimas décadas gerasse dúvidas à altura da novidade.

Mas afinal, como funciona o novo sistema que mudou a forma como transacionamos o nosso dinheiro e também cobramos nossos clientes?

A Siscobra Sistemas preparou um guia sobre o Pix, com tudo o que já se sabe até agora. Confira a seguir.

O que é o Pix?

Anunciado em fevereiro do ano retrasado pelo Banco Central, o Pix entrou oficialmente em operação em 16 de novembro de 2020.

Na prática, entre suas várias funcionalidades, ele permite fazer transferências e pagamentos em até dez segundos, sendo que essas transações podem acontecer 24 horas por dia, em todos os dias do ano, inclusive nos finais de semana e feriados.

Antes da chegada do Pix, os meios de pagamento existentes eram os já muito conhecidos do público: boleto bancário, cartão de crédito e débito, e até mesmo transferências bancárias, em alguns casos.

A proposta do Banco Central com o seu sistema de pagamentos instantâneos era o de oferecer justamente um formato completo, que pudesse suprir necessidades de mercado tanto do consumidor quanto do lojista.

E foi exatamente assim que o Pix chegou no mercado de meios de pagamento: suas transações bancárias podem ser realizadas em qualquer dia do ano, o que inclui finais de semana e também feriados, além de terem uma disponibilidade de 24 horas por dia.

O que muda com o Pix?

A principal característica do Pix é sua instantaneidade. Se uma TED ou um DOC podem levar horas ou até dias para acontecer, a depender do horário, com o Pix a movimentação financeira será imediata. Em até dez segundos o recebedor terá o dinheiro em sua conta.

O Pix também vai mudar os fluxos de pagamentos de forma geral. Hoje, para um pagamento eletrônico acontecer é necessária uma conta origem e uma conta destino, mas também um emissor de cartão (banco), uma adquirente (dona da maquininha), uma bandeira de cartão e um processador (que conecta todos os intermediários).

Com o Pix, os intermediários entre as contas deixam de ser necessários. Da conta de origem o dinheiro vai direto para a conta destino – em segundos.

Com a chegada do Pix, portanto, não importará mais qual é o meio de pagamento, mas se a conta que o cliente está usando está integrada ao Pix. “Essa mudança transforma o pagamento em commodity e a protagonista do processo é a conta – o meio pelo qual os participantes vão acessar e monetizar seus clientes”, diz João Bragança, diretor sênior da consultoria Roland Berger, especializada em meios de pagamento.

Na prática, isso significa que ninguém mais vai querer saber se sua conta é do banco X ou Y para fazer uma transferência ou a bandeira do cartão na hora da compra de um produto.

Características do Pix

Rapidez: transações concluídas em poucos segundos, recursos disponíveis para o recebedor em tempo real;
Disponibilidade: 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive feriados;
Facilidade: experiência facilitada para o usuário;
Preços mais acessíveis: gratuito para pessoa física pagadora e baixo custo para os demais casos;
Segurança: robustez de mecanismos e medidas para garantir a segurança das transações;
Sistema aberto: estrutura ampla de participação, possibilitando pagamentos entre instituições distintas;
Versatilidade: instrumento multiproposta, que pode ser usado para pagamentos independentes de tipo e valor da transação, entre pessoas, empresas e governo;
Sistema integrado: informações importantes para conciliação poderão cursar junto com a ordem de pagamento, facilitando a automação de processos e a conciliação dos pagamentos.

O que são as “chaves Pix”?

De uma forma bem descomplicada, uma Chave Pix funciona como um apelido que serve para identificar determinada conta no Banco Central. Em outras palavras, cada chave é um endereço único que possibilita transações via Pix entre pessoas e empresas.

A chave Pix pode ser: o CPF/CNPJ, o celular, o e-mail, ou a chave aleatória, que é um código alfanumérico (formado por números e letras) gerado pelo sistema. É essa chave que vai permitir que a pessoa que faz um pagamento via Pix transfira o dinheiro para a conta de outra digitando apenas o celular ou o CPF dela.

Ao informar a chave, o sistema já vai saber para qual conta deve enviar o dinheiro. Não será mais preciso informar o banco, a agência, o número da conta, CPF e outros dados como funciona hoje com uma TED, por exemplo.
Cada pessoa física pode ter até cinco chaves por conta que estiver sob sua titularidade, e cada pessoa jurídica pode ter até 20 chaves, também por conta.

Só não é possível repetir a mesma chave para contas diferentes, porque como o código vai funcionar como o endereço de entrega dos valores, o sistema não identificaria para qual conta transferir o valor.

É possível criar uma Chave Pix a partir dos seguintes dados:

CPF ou CNPJ;
E-mail;
Número de telefone;
Chave aleatória – um código para utilização única, que contém 32 caracteres.

Como fazer cadastro no Pix?

Ainda que o Pix seja do Banco Central, para utilizar esse sistema de pagamentos instantâneos você conta com instituições financeiras autorizadas pelo próprio BC.

Para fazer o cadastro, tanto pessoas físicas, como jurídicas, precisam ter uma conta transacional (conta corrente, poupança ou de pagamento) em um prestador de serviços financeiros, como um banco, uma fintech ou uma plataforma de pagamentos.

Ao definir a chave e dar o consentimento para fazer o cadastro, a instituição financeira envia a informação do cliente para o BC finalizar o cadastro em seu sistema. Assim, bancos, fintechs e outras instituições financeiras serão intermediadores entre o BC e o consumidor final.

Para fazer o cadastro da chave e passar a usar o Pix, basta procurar pela seção “Pix” dentro do app ou internet banking do seu banco. Todas as instituições financeiras participantes são obrigadas, pelo regulamento do BC, a mostrar a nova opção no menu de suas plataformas.

Vantagens

O Pix tem rapidamente se tornado um dos meios de pagamento mais populares entre os consumidores brasileiros desde o seu lançamento.

É exatamente esse cenário que os dados apresentados pelo Banco Central comprovam. Até maio de 2021, foram realizadas 649,1 milhões de transferências pelo Pix, em comparação com 342 milhões de cobranças via boleto bancário, 126 milhões de transferências tradicionais e 18 milhões de emissões de cheques.

Esse crescimento impressionante antes mesmo do Pix completar um ano mostra que suas vantagens vão muito além de apenas oferecer um sistema muito mais ágil e maior disponibilidade para os usuários. Separamos neste guia do Pix as principais vantagens do sistema de pagamentos instantâneos do BC:

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